sexta-feira, 8 de abril de 2011

Carta na íntegra revela que assassino que matou alunos em Realengo esperava perdão de Deus e volta de Jesus

Apenas no fim da tarde de ontem foi liberada para a imprensa o segundo trecho da carta de suicídio de Wellington Menezes de Oliveira, que matou 12 crianças em uma escola em Realengo na Zona Oeste do Rio de Janeiro e depois cometeu suicídio.
O primeiro trecho divulgado pela Polícia Militar foi considerado com teor islâmico pelo porta-voz da PM, Tenente Coronel Ibis Pereira em pronunciamento oficial, no segundo já mostra o atirador preocupado com a defesa de animais e respeito aos pais mortos. Na carta, Wellington pediu uma “visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna”.
Apesar da oração aos mortos, enterro com moldes islâmicas e carta de suicídio com pedidos serem características do Islamismo radical, o pedido de perdão a Deus e a espera pela volta de Jesus Cristo são crenças relacionadas ao Cristianismo, o que causou confusão na imprensa, em blogs e na polícia. No momento do ataque, testemunhos relatam que Wellington vestia uma roupa de referência ao Islã, mas utilizava também botina.
Apesar da confirmação de uma das irmãs de que o assassino seria ligado ao Islamismo radical, não é descartada a hipótese de fanatismo e confusão de crenças. A polícia ainda investiga o caso.

Problemas Mentais

A polícia esta tentando traçar o perfil psicológico do assassino: “Pelas entrevistas que fizemos hoje com parentes localizados e pessoas do convívio, [Wellington] atua como uma pessoa que tinha patologia mental”, afirmou Felipe Ettore, delegado titular da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro. De acordo com Felipe, “a mãe biológica dele seria portadora de esquizofrenia, segundo relatos dos familiares identificados. A importância é traçar se essa doença mental dele é hereditária”, o que explicaria a total confusão e falta de respostas para o motivo do atirador fazer a tragédia.

Clemência

O menino Mateus, uma das crianças que estavam presentes na escola, relatou que possívelmente foi o único que teve clemência do atirador. Quando estava frente a frente com Wellingon, o jovem pediu para não ser morto e começou a orar: “Eu estava em pé e era um dos mais nervosos. Pedi para ele não me matar, e ele disse: ‘Fica tranqüilo que não vou te matar.’ E não atirou em mim”, relata o menino que viu a morte de vários colegas.
Mateus é fiel da Igreja Assembléia de Deus e crê em um milagre salvou sua vida: “Deus me protegeu”.

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